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Governo do Paraná diz que dinheiro da venda da Copel irá para habitação, educação e infraestrutura

Governo do Paraná deve arrecadar pelo menos R$ 2,6 bilhões que deve ser usado, obrigatoriamente, em investimentos. Oferta total de ações da Copel foi de R$ 4,5 bi.

 

O Governo do Paraná informou nesta quarta-feira (9) que deve utilizar o dinheiro a ser arrecadado com a venda de ações da Companhia Paranaense de Energia (Copel) em obras de habitação, educação, infraestrutura urbana e rodoviária e sustentabilidade. Leia mais abaixo.

Segundo comunicado da Copel ao mercado financeiro, a reserva das ações resultou em um aporte de R$ 4,5 bilhões, mas a RPC apurou que a arrecadação total pode ser superior, de cerca de R$ 5,2 bilhões, se a comercialização de um lote suplementar for concluída. Dentro do valor de R$ 4,5 bilhões, o Governo do Paraná arrecadará R$ 2,634 bilhões, ficando com controle acionário de 17,9%.

Se o lote suplementar for concluído, a arrecadação do Estado vai para R$ 3,160 bilhões, segundo apurou a RPC. Neste caso, o Paraná terá participação de 15,65% no capital social da corporação. O Governo do Paraná vai continuar participando da empresa com uma ação de classe especial, chamada golden share, com poder de veto para garantir investimentos. Pela lei, todo o valor recebido pela venda deve ser aplicado, obrigatoriamente, em investimentos. Obras previstas Segundo o Governo, na área de habitação, os recursos darão continuidade ao programa Casa Fácil, onde pretende investir R$ 500 milhões na modalidade "Valor de Entrada". O programa auxilia famílias na compra da casa própria, ou na quitação de parte ou totalidade da entrada do imóvel. Na educação, o Governo diz que vai investir R$ 500 milhões para custear a reforma de colégios da rede estadual e a construção de Escolas de Educação Especial. Ainda informou que deseja destinar valor para instalações de placas solares para geração de energia nas escolas. Por fim, em nota, o Poder Executivo disse que os recursos também serão destinados para o programa Asfalto Novo, Vida Nova, com convênios para pavimentação em municípios pequenos, construção de parques urbanos e obras de infraestrutura rodoviária.




Relembre:

  • Etapas: Copel faz oferta de ações que devem ser lançadas na Bolsa de Valores

  • Lucro: Dividendos da Copel cresceram 968% desde 2017

  • Na Alep: Deputados aprovam projeto que autoriza venda de parte da Copel

Reserva das ações Dez bancos e instituições financeiras realizaram as reservas das ações ordinárias da Copel na Bolsa na terça-feira (8). Confira, abaixo, os bancos que atuaram nas reservas como coordenadores de oferta:

  • O Banco BTG Pactual S.A.;

  • Banco Itaú BBA S.A.;

  • Banco Bradesco BBI S.A.;

  • Banco Morgan Stanley S.A.;

  • UBS Brasil Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A.

No comunicado ao mercado, a Copel também disse que existe a possibilidade de comercialização de ações no exterior: Internacionalmente, as ações no exterior serão intermediadas por:

  • BTG Pactual US Capital, LLC;

  • Itau BBA USA Securities, Inc.;

  • Bradesco Securities, Inc.;

  • Morgan Stanley & Co. LLC;

  • UBS Securities LLC (em conjunto, “Agentes de Colocação Internacional”).

O registro das ofertas das ações está previsto para ser formalizado nesta quarta-feira (9) junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O valor fixado das ações, segundo a Copel, foi de R$ 8,25. Divisão da oferta Para a desestatização, a Copel anunciou 549 milhões de ações ordinárias, sendo 319.285.000 do Estado do Paraná e 229.886.000 ações emitidas pela própria empresa. Na segunda-feira (7), o conselheiro Maurício Requião, do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), tentou barrar o processo de venda temporariamente, mas teve decisão liminar derrubada pela presidência do órgão. O Paraná na Copel Além do mínimo de 15% de participação na Copel, o Governo do Paraná vai continuar participando da empresa com uma ação de classe especial, chamada golden share, com poder de veto para garantir investimentos. No anúncio de venda, no ano passado, o governo afirmou que mesmo com a saída do Estado como acionista majoritário, ficará mantida a obrigação da Copel continuar com o mesmo nome, além da sede não poder sair de Curitiba. Tarifa Quando o processo de venda da Copel foi anunciado, o Governo do Paraná disse que as mudanças não impactarão na tarifa, “porque esse controle é definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”. A venda da Copel Em 2022, deputados estaduais aprovaram a venda parcial da companhia, um projeto do Governo do Paraná. Na época, os parlamentares de oposição argumentavam que a proposta era uma forma velada de privatização. O Estado sempre negou. Um dos argumentos do Governo do Paraná para a transformação da Copel foi que o movimento possibilitaria a e empresa manter e prorrogar os contratos de concessão de ativos de geração, como da usina Foz do Areia, responsável por mais de 30% da capacidade de geração da companhia. Outro argumento foi que a transformação da Copel aumentaria a competitividade no "setor elétrico brasileiro para beneficiar o consumidor paranaense." Na época, o governo também disse que a transformação da Copel possibilitaria ao estado continuar a "monetizar parcialmente sua participação na companhia". A Copel é a maior empresa do Estado do Paraná e está entre as maiores companhias elétricas do Brasil. Atualmente, são atendidas 4,5 milhões de unidades consumidoras em quase 400 municípios. Os parlamentares contra a venda das ações também argumentavam que o processo era incoerente, uma vez que a Copel é a empresa mais lucrativa do Estado.


Fonte: G1 Paraná

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